Na ocasião, a Microsoft apresentou o console como o primeiro vídeogame "sempre conectado" e pronto para HDTV - na época, a alta-definição ainda tinha pinta de novidade e não era tão comum que os jogadores tivessem uma tela Full HD em casa. De quebra, a Microsoft anunciou as populares conquistas desbloqueáveis, que se tornaram padrão na indústria até para jogos sociais e de plataformas móveis.
Mas a história do Xbox 360 começou bem antes, ainda em fevereiro de 2003, quando o executivo J. Allard (uma das cabeças responsáveis pelo primeiro Xbox) deu início às primeiras conversas internas sobre a nova máquina. Em agosto daquele ano, a Microsoft assinou contrato com a ATI, que forneceria a placa gráfica do sucessor do Xbox.
Em junho de 2004, surgiram rumores sobre o nome do sucessor do Xbox - Xbox 2, Xbox HD e até Xbox 247 chegaram e ser cogitados. A Microsoft permaneceu em silêncio sobre o assunto - afinal, o Xbox original ainda receberia jogos do renome de Halo 2 durante aquele ano e qualquer anúncio de máquina nova “mataria” o console no imaginário dos consumidores.

OurColony e a E3
Através do “alternate reality game” OurColony promovido a partir de março de 2005 (e que culminou justamente no programa de televisão que citamos ali no começo do artigo), a Microsoft começou a fazer a propaganda do Xbox 360. Mas novidades, mesmo, vieram durante a E3 daquele ano.
Apesar de estarem rodando em hardwares improvisados (eram Macs com processador PowerPC 970, da mesma arquitetura do que o que foi utilizado na versão final do Xbox 360), os jogos exibidos na feira empolgaram a imprensa, mas talvez mais pela quantidade do que pela qualidade: tinha Need for Speed (em versões praticamente iguais às do Xbox anterior), toda a linha de esportes da EA (também com poucas melhorias, mas com todo aquele apelo junto ao público norte-americano) e, claro, os exclusivos da Microsoft, como Dead or Alive 4, Perfect Dark Zero, Kameo: Elements of Power e Project Gotham Racing 3.
Durante o evento, a Microsoft anunciou que nada menos que 160 games já estavam em pleno desenvolvimento para o novo console, e que o vídeogame seria compatível com os maiores sucessos do Xbox anterior. De quebra, ainda prometeu que de 20 a 40 títulos estariam disponíveis durante a janela de lançamento, marcada para a temporada de compras de natal daquele ano. Era muita promessa, mas a Microsoft deu um jeito de cumprir algumas delas: em 21 de novembro de 2005, o Xbox 360 chegou às lojas dos Estados Unidos custando US$ 399,99 no pacote mais completo (com HD) e US$ 299,99 na versão básica Core, juntamente com nada menos que 18 games.
Em matéria de jogo novo, aliás, os jogadores não tinham do que reclamar: títulos de franquias conhecidas como NBA 2K6, Madden NFL 06, Need for Speed: Most Wanted e Call of Duty 2 disputavam espaço nas prateleiras com novidades como Kameo: Elements of Power, Gun e Condemned: Criminal Origins. Pela parte da própria Microsoft, Amped 3 e Project Gotham Racing 3 garantiram a alegria da galera. Era jogo de sobra para um lançamento de console, como nunca se havia visto antes na história da indústria de games, aliás.
De acordo com o NPD, 326 mil Xbox 360 foram vendidos nos Estados Unidos durante o mês de novembro, enquanto que meros 32,1 mil saíram das lojas canadenses. Informações não oficiais da época dão conta de que a própria Microsoft planejou até que os estoques fossem limitados mesmo, para esgotarem rápido e criarem esse status de produto altamente desejado no novo console. Na Europa, as 300 mil unidades colocadas à venda no dia 2 de dezembro esgotaram antes do final do ano, enquanto que o desempenho no Japão foi bem devagar: 103 mil consoles foram comprados nos primeiros quatro meses após o lançamento.
A geração mais longa
Na geração mais longa da história dos vídeogames, o console da Microsoft teve de evoluir: quando chegou ao mercado, o Xbox 360 não suportava saída de sinal a 1080p e não havia HDMI, apenas saída componente. No modelo inicial top de linha, o HD era de módicos 20 GB, enquanto que a versão mais barata nem sequer vinha com memória interna. Eram tempos do (atualmente descontinuado) memory unit para guardar perfis e saves de jogos.
Além das evoluções da placa-mãe para combater o mal das três luzes vermelhas, a Microsoft tratou de ir aperfeiçoando outros aspectos do console. Veio a saída HDMI e o HD das versões mais caras foi aumentando de capacidade: 60 GB, depois para 120 GB, aí 250 GB (que é o padrão hoje em dia) e, atualmente, as edições especiais, como as do Gears of War 3 e do Call of Duty: Modern Warfare 3, vêm com disco de 320. É um espaço razoável para salvar a crescente lista de jogos baixáveis pelo Xbox Live, os Games on Demand, os aplicativos que foram aparecendo e o conteúdo do Zune.

No design, a novidade veio em 2010, quando o modelo slim, mais fino, mais elegante e com custo de produção menor, chegou às lojas com uma solução “system-on-a-chip”, que trazia CPU, GPU e memória do sistema em um único chip. O novo esquema acabou quase que totalmente com os casos de red rings of death e superaquecimento, já que a fonte e o consumo do console também diminuíram bastante - um Xbox 360 novo chega a consumir metade da energia demandada por um da primeira leva lançada em 2005.
No Brasil, o Xbox 360 aportou oficialmente em primeiro de dezembro de 2006 e em um pacote bem exclusivo (por ser caro mesmo): por R$ 2.999, a caixa trazia o console na versão Premium, controle para o DVD e os games Perfect Dark Zero: Kameo Elements of Power e Project Gotham Racing 3. Nas lojas, games avulsos da própria Microsoft saíam por R$ 159, acima do patamar atual de R$ 129. Em 2007, o preço do kit oficial caiu para R$ 2.499 e, nos dois anos seguintes, as reduções abaixaram o valor do pacote para R$ 1.799.
No final de 2011, quando o Xbox 360 começou a ser montado no Brasil, a Microsoft abaixou os preços novamente: R$ 799 pelo modelo com memória de 4 GB, R$ 1.099 com HD de 250 GB, os mesmos R$ 1.099 pela versão com Kinect e 4 GB e R$ 1.299 pelo pacote completo, com HD de 250 GB e o sensor.
O sucessor vem aí?
Apesar da Microsoft desmentir - oficialmente, a história é que o Xbox 360 ainda tem muita lenha para queimar e que o foco é em oferecer novas experiências online para os jogadores através do Kinect e das melhorias na interface - há boatos fortes sobre um novo Xbox vindo aí.
Por enquanto, as informações dão conta de que o console virá com um novo Kinect, ainda mais preciso, e com processador e placa de vídeo da AMD. Para a E3 2012, que rola entre 5 e 7 de junho em Los Angeles, a expectativa é que a Microsoft mostre apenas novidades para o Xbox 360 e para o Kinect mesmo. Mas não custa sonhar, né? Enquanto isso, não deixe de conferir o nosso artigo com todos os rumores sobre o suposto sucessor do Xbox 360.
por: Daniel Mello
Quando era menor adorava jogar video game, hoje em dia prefiro mil vezes a internet >.<
ResponderExcluirObrigada pela visita, volte sempre!
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eu adoro video game, até hoje! KKK
ResponderExcluirBeijos,
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